14 de mar. de 2013

Turmalina Paraíba


Nenhuma gema possui uma gama de cores tao rica como a turmalina. 
Apesar de na Antiguidade ser conhecida na área mediterrânea, foram os holandeses que introduziram pela Europa.




A turmalina paraíba é hoje considerada a pedra mais rara do mundo e sua cor é um azul profundo inconfundível. 
Descoberta na década de 1980 no estado do Nordeste que lhe dá nome, a gema é encontrada em apenas cinco minas ao redor do planeta; três delas no Brasil, de onde saem os exemplares mais valiosos. 
A produção, entretanto, é muito escassa, quase extinta, tornando-a cada vez mais cara e cobiçada. 



As principais joalherias do país têm algumas peças com a pedra preciosa, guardadas a sete chaves, e o valor de uma dessas exclusivas jóias pode chegar a R$ 3 milhões. 

O país produz ainda outras pedras raras, como o topázio imperial, exclusivo de Ouro Preto, e as esmeraldas verdes.
Mesmo que não sejam mais caras que os diamantes, as gemas raras conferem exclusividade às jóias e a quem as usa. Para calcular a qualidade de uma pedra preciosa, especialistas usam o critério dos quatro Cs, adaptado da língua inglesa: lapidação (cut), pureza (clarity), quilate (carat) e, o mais importante, cor (color). 
Para além disso, a raridade de uma gema e o design exclusivo de uma jóia podem fazer o seu preço se multiplicar rapidamente.
A produção da turmalina paraíba é cada vez mais escassa, meros 20 mil quilates por ano, contra 480 milhões dos diamantes.

— Se hoje existem sete bilhões de pessoas no mundo, são sete bilhões que querem ter um diamante diz o relações-públicas da joalheria H.Stern, Christian Hallot. — 

Não é o caso da turmalina paraíba, que pouca gente conhece, justamente por ser muito rara, difícil de encontrar. 
Se tivesse a mesma demanda, seu preço iria para a estratosfera.
A pedra recebeu o brasileiríssimo nome porque foi encontrada pela primeira vez no distrito de São José da Batalha, no interior da Paraíba. 
O país é rico em turmalinas verdes, mas ninguém nunca tinha visto aquela pedra de azul tão intenso que logo foi chamada de azul neon. 
Houve quem chegasse a pensar que se tratava de uma falsificação. 
Para sanar as dúvidas, em 1989 a gema foi enviada para o Instituto de Gemologia da América, nos Estados Unidos, o maior laboratório de pedras do mundo. 
E a resposta foi surpreendente: tratava-se de uma nova pedra, nunca antes vista.
Nos anos 1990 foram achadas outras duas minas na mesma região, mas, desta vez, do outro lado da divisa, no Rio Grande do Norte. 
Por fim, duas minas foram descobertas na África, uma em Moçambique, outra na Nigéria.
O fator determinante para se afirmar que se tratava de uma pedra até então desconhecida foi a sua composição química. 
A turmalina paraíba contém cobre, que lhe confere o tom de azul intenso e o brilho único. 
A mesma composição incomum foi registrada nas pedras africanas.


— As outras turmalinas não têm cobre — explica Jurgen Schnellrath, do Laboratório de Gemologia do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) da UFRJ. — E é por conta dessa substância que ela parece emitir luz.
De início, os brasileiros não teriam dado muita atenção à nova descoberta.
Mas os japoneses ficaram fascinados com as gemas e começaram a comprar e revender na Ásia, fazendo com que alcançassem preços inacreditáveis.
Como são muito raras, os joalheiros não costumam partir as pedras, mas sim trabalhar com elas mais ou menos no formato em que aparecem. Isso faz com que seja difícil, por exemplo, fazer brincos, o que requer pedras bastante parecidas. A lapidação, no entanto, é fundamental para intensificar o brilho da pedra.
— A pedra é facetada em ângulos determinados de forma que a luz possa penetrar nela e voltar aos olhos com a maior beleza possível — explica o geólogo Daniel Sauer, presidente da joalheira Amsterdam Sauer.

Quem aqui também está encantanda pela Turmalina Paraíba ?



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